O coração da sala
27 de setembro de 2013REFÚGIO
28 de setembro de 2013Quando a tendência ganha evidência em um desses campos, o restante acompanha. Vamos encontrar as mesmas estampas de azulejaria portuguesa em tecidos para roupas e decoração como em cortinas, colchas, poltronas ou revestimentos de parede. Os primeiros indícios da produção de azulejo surgiu na Mesopotâmia antiga, mas, como Portugal usou de forma bem intensa e a difundiu pelo mundo, tornou-se uma marca do país ibérico. Eles imprimiam nos azulejos estampas que caracterizavam cenas bíblicas, mitológicas e de batalhas. Revestiam chafarizes, prédios públicos e igrejas contando a história do país luso ao seu povo. Mix de desenhos A riqueza da composição dos azulejos inclui estampas geométricas — herança hispânica — e as naturalistas. Estas últimas fazem uma leitura direta do campo, com seus arabescos remetendo às folhas do acalanto e à flor de lótus, que sempre foi muito reproduzida na decoração. A tradição do azulejo surge repaginada em revestimentos com tamanhos, formas e tecnologias diferenciadas, como porcelanatos e cerâmicas. O ‘azul e branco’ – característica mais marcante, que remete a Portugal – foi resultado do antigo processo de queima do azulejo. Só se conseguia a queima com uma boa qualidade na cor, conseguida com o uso da pedra lápis-lazúli. A tradição chegou ao Brasil com a família real portuguesa, no começo do século 19, quando começou o estilo caracterizado como arquitetura colonial. Agora ele volta como tendência, surgindo de forma pontual nos ambientes contemporâneos. O ideal é usar como um toque na decoração, revestindo uma parede de banheiro, uma parte da cozinha, um balcão ou uma bancada de cozinha. Ou pode aparecer como estampa de tecido, numa poltrona, em cadeiras, elementos como um Garden Seat ou em almofadas. ]]>